Sobre o blog:

O que é o blog?
Ressalto que este não é um blog informativo, atualizado, formal ou preocupado com qualquer coisa. Este blog é na verdade um apanhado de minhas memórias, mesclando jogos do São Paulo Futebol Clube com fatos de meu cotidiano. Sem pretensão alguma de ser nada além de um bloco de notas virtual em três cores, onde exercito o ato de escrever. Seja bem vindo em sua visita, volte sempre que quiser e sinta-se livre para comentar. Mas se por ventura se deparar com nomes de pessoas estranhas em meio aos textos, e situações aparentemente sem importância alguma, lembre-se: eis aqui simplesmente as memórias deste tricolor. Vamos São Paulo!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

SPFC 1X1 Atlético-PR

14ª Rodada

Com a cara e a coragem encaramos o frio e a chuva em família. Tricolor tropeça novamente.

O dia:

    Desde a última partida, aliás, acho que bem antes, eu coloquei em minha cabeça que este jogo, no aniversário de Sorocaba, seria minha segunda ida ao Morumbi no ano. Uma semana de muito frio e chuva, que me fez pensar talvez estar forçando muito a barra em tirar mais uma vez o fuscão da garagem rumo ao sacrossanto levando alguém pra sofrer na "friaca" que eu sabia que estaria. Mas Deus é bom e me deu uma esposa que topa esse tipo de maluquice comigo. E junto, pela segunda vez, levei o Anderson, irmão dela (outro corajoso).

    Trabalhei na parte da manhã, cheguei por volta das 15h em casa e o Fusca já estava na rua me esperando. A Amanda ainda se arrumava e o Anderson corria ofegante da casa da namorada pra cá com um pouco de atraso. Preparamos uma montanha de blusas, toucas, cachecóis, luvas e todo um aparado para não passar frio. Saímos por volta das 16h, pegamos chuva por quase todo o trajeto e um trânsito parado pós Cotia, próximo às 17:30. Um trajeto que sempre leva no máximo uma hora e quarenta teve lá seus 20, 30 minutos de atraso até que o Km 14 da Raposo me fez cair à direita e entrar em meio à cidade logo que a placa do 13, pela segunda vez esse ano, passava de relance pela esquerda.
    Os dois estavam famintos, paramos comer um lanche, aproveitei pra comprar o dvd do Soberano 2 na São Paulo Mania e saímos para a caminhada rumo ao estádio já era mais de 19h. Compramos capas de chuva (3 por 10) e quando chegamos à rampa de acesso da azul, uma multidão empacada à nossa frente indicava que provavelmente perderíamos o início do jogo. 

    Sob os refletores internos do estádio, muita garoa. Sob os muros podia se ver algumas bandeirinhas que nos foram dadas sendo agitadas sob os gritos de quem já estava lá dentro. Dez policiais revistavam milhares de pessoas. Fizeram o Anderson jogar PILHAS fora, muito ridículo!
    Passado a catraca, pegamos nossas bandeirinhas e ao avistarmos o campo, exatamente naquele instante, o árbitro autorizou o início da partida, e só ali pude imediatamente constatar que não contaríamos com Luis Fabiano naquela noite (durante a semana já dava indícios de dores não sei onde). Com a Azul bem cheia, caçamos três lugares sob a chuva.


O jogo:

    O São Paulo veio a campo em situação nada agradável. Vice-lanterna do campeonato (somente a frente do Náutico), com nove pontos em doze jogos, há dez sem vencer e sabendo que nem mesmo a vitória faria com que alcançasse a Portuguesa, 18ª com 13 pontos.
    Autuori improvisou Clemente Rodrigues na direita por Douglas estar cumprindo suspensão. Rodrigo Caio fez sua segunda partida na zaga, por falta de zagueiros disponíveis (valeu Juvenal), e Lucas Evangelista entrou como titular, com moral após o golaço contra a Lusa no último domingo.

    O time começou bem. Saiu na frente no placar com gol de Rodrigo Caio (quase anulado após Aloísio ter tentado chutar a bola antes dela entrar e o bandeira ter visto o lance como impedimento). Mas em vez de ir em busca do segundo, a equipe recuou. O Atlético começou a pressionar, até que Tolói comete um pênalti talvez bastante evitável. Paulo Baier, velhinho mas ainda muito bom de bola converte, ainda que Rogério tenha resvalado na bola, quase defendendo. Os últimos quinze minutos da primeira etapa foi desesperador. Foi tomar o gol e o esquema tático foi por terra.

    A segunda etapa não foi muito diferente. Entrou Ganso (que equilibrou bem a posse de bola) no lugar de Fabricio, que não ia bem, e Ademilson no lugar de Jadson, o que eu e metade da torcida não gostou. As principais oportunidades foram do Furacão (que aliás, foi a menos torcida visitante que devo ter presenciado até então). Ceni salvou algumas chances de gol, Aloísio foi vibrante e guerreiro nas investidas mas sem sucesso, e o adversário por duas vezes quase converteu contra o próprio patrimônio. 

    Ao término, assim como no intervalo, a torcida não vaiou. Os gritos foram de força, "time grande não cai" e o "sou, sou tricolor" à lá White Stripes, reforçando o grito de nunca ter sido rebaixado.
    Uma coisa é certa: a situação assusta! Nunca tive o sentimento do perigo da segundona rondando tão seriamente e não estou gostando nada! Estou com fé, mas não pode tardar mais nada a virada de mesa.

SÃO PAULO 1 X 1 ATLÉTICO-PR
Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 15/8/2013 – 19h30
Árbitro: Anderson Daronco (MS)
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Fabio Pereira (TO)
Renda/Público: R$ 269.012,00/25.827 total
Cartões Amarelos: Wellington, Rafael Toloi, Lucas Evangelista (SAO); Bruno Silva, Pedro Botelho, Dellatorre (APR)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Rodrigo Caio, 16'/1ºT (1-0); Paulo Baier, 37'/1ºT (1-1)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Clemente Rodríguez, Rafael Toloi, Rodrigo Caio e Reinaldo; Wellington, Fabricio (Ganso - 17'/2ºT), Lucas Evangelista e Jadson (Ademílson - 19'/2ºT); Aloisio e Osvaldo. Técnico: Paulo Autuori. 
ATLÉTICO-PR:  Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; Bruno Silva (Juninho - 23'/2ºT), João Paulo, Everton e Paulo Baier (Elias - 26'/2ºT); Dellatorre (Éderson - 30'/2ºT) e Marcelo. Técnico: Vagner Mancini. 

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