Torcedor anota resultados, escalações e informações dos jogos do Tricolor desde seu primeiro confronto, em 1930
Nada passou despercebido. Desde a primeira partida do São Paulo, em 1930, até os dias atuais, nenhuma informação sobre as partidas do Tricolor fugiu das anotações de Vicente Henrique Baroffaldi, um funcionário público de Araraquara que anota em pequenas fichas as informações de todos os confrontos são-paulinos. Resultados, escalações e dados sobre as partidas são registradas pelo araraquarense, que guarda tudo em um baú, dedicado ao time de seu coração.- Costumo anotar desde o São Paulo da Floresta. O Primeiro jogo que ele fez, em 1930, contra o Ipiranga e foi 0 a 0 está aqui, assim como a partida desses dias atrás, contra o Bahia, que eu também tenho anotado – disse o pesquisador.
Após se aposentar, Vicente decidiu virar escritor e resolveu demonstrar sua paixão contando a trajetória internacional do clube paulistano em um livro, chamado São Paulo Internacional. A obra reúne todas as anotações que o torcedor fez sobre as apresentações do time fora do Brasil.
Entre tantas vitórias, uma é especial. Diferente do que se pode imaginar, a mais marcante não é nenhuma que tenha levado a um grande título, mas da primeira participação tricolor em uma final de Libertadores da América.
- Foi em 1974, no Pacaembú. Quando o São Paulo decidiu a Libertadores. Era a primeira vez do Tricolor na decisão continental. Foi contra o Independiente-ARG. Ele conseguiu vencer este jogo. Porém, não seria campeão, ficou com o vice. Isto porque foi derrotado nas duas decisões seguintes – contou.
Outro momento especial para Vicente foi em 1980. Na ocasião, ele teve a oportunidade de assistir a um jogo do São Paulo contra a Ferroviária, na Fonte Luminosa, em Araraquara.
- A partida teve a presença marcante de jogadores que se destacaram no São Paulo. Valdir Peres, Oscar, Dario Pereira, Paulo Cesar, Renato, Serginho Chulapa e Zé Sérgio estiveram aqui. E neste ano este time ainda foi campeão paulista.
Assim como faz as anotações do clube da capital, Vicente também se dedica a fazer as mesmas anotações das atuações da Ferroviária.
- É uma paixão que não se relaciona só ao futebol, tem a ver com a questão regionalista, da cidade que eu nasci. Já torci tanto que o choro era inevitável quando a Ferrinha perdia - completou.
(Extraído do site Globo.com)
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