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O que é o blog?
Ressalto que este não é um blog informativo, atualizado, formal ou preocupado com qualquer coisa. Este blog é na verdade um apanhado de minhas memórias, mesclando jogos do São Paulo Futebol Clube com fatos de meu cotidiano. Sem pretensão alguma de ser nada além de um bloco de notas virtual em três cores, onde exercito o ato de escrever. Seja bem vindo em sua visita, volte sempre que quiser e sinta-se livre para comentar. Mas se por ventura se deparar com nomes de pessoas estranhas em meio aos textos, e situações aparentemente sem importância alguma, lembre-se: eis aqui simplesmente as memórias deste tricolor. Vamos São Paulo!

segunda-feira, 25 de março de 2013

1993/2013 - Meus 20 anos de São Paulo!

    Acho que só hoje procurei realmente ligar os pontos e pensar bem na questão:
    - Quando foi que me tornei são-paulino?
    Tudo o que me lembro, é que quando me tornei são-paulino, só pode ter sido antes do Bi-Mundial, pois me lembro de ter ganho vários bonés e acessórios comemorativos do primeiro mundial quando comecei a torcer pelo time. Mas o que uma criança de seis anos não gravou, foi se isso aconteceu antes ou depois da final contra o Barcelona em 1992?
Só agora, que resolvi adquirir uma camisa da Pênalti com o logo da TAM, de 1995, igual à que eu tinha quando criança e perdi com o tempo de tanto ter jogado bola com ela, foi que me caiu a ficha: com as coisas que eu tinha, posso me garantir que foi antes do Bi; se a camisa que ganhei de meu padrinho quando decidi me tornar são-paulino era da TAM, então, claro, período TAM (1993-1996), antes do Bi, é igual a: 1993!
    Sim, me tornei são-paulino oficialmente em 1993,o ano da junção SPFC + TAM, de três anos de glória, antes disso o patrocínio era outro, e depois disso também não foi, pois ficou emblemático em minha memória referências ao primeiro mundial.
    É engraçado lembrar. Me lembro com clareza da primeira vez que ouvi o termo "são-paulino". Um amigo de infância perguntou para que time meu pai torcia. Era pro corinthians, e ele me disse: "meu pai é são-paulino!". Eu sequer associei são-paulino como o fato de se torcer para o São Paulo. Devia eu ter meus cinco ou seis anos de idade, mas me lembro daquele amigo falando de uma maneira tão bonita e orgulhosa aquilo, que fiquei impressionado! Pouco tempo depois descobri que meu avô também era são-paulino, o que tornou o fato ainda mais impressionante. Só ali eu já conhecia dois!
    Como eu já disse, meu pai é corinthiano. Mas nunca foi fanático, e nunca quis me induzir a ser ou contrariar minha decisão de também me tornar são-paulino. Até então ele me apresentava para a familia como corinthiano, e eu nem sabia bem o que era futebol, nem tenho problema em contar isso.
    Se for pensar bem, talvez em meu coração eu já fosse são-paulino em 92. Meu padrinho Josá carlos sempre falava: e aí? Vai virar são-paulino ou não vai? E na verdade eu queria, mas tinha medo de meu pai ficar chateado comigo, caso eu aceitasse. Este padrinho foi influente, mas a magia mesmo vinha de meu avô e seu radinho nos fundos da casa, ouvindo jogos e mais jogos do tricolor.
    Foi então que um dia na casa de meu padrinho, ele veio com uma camisa do são paulo, piratinha, modelo TAM, do meu tamanho e disse: " Se quiser, está na mão. Se virar são-paulino é sua!". Pensei em duas coisas naquele momento. Primeiro em meu avô. Fiquei pensando na reação dele quando eu contasse a ele que eu também era são-paulino agora, e segundo, pensei em como meu pai reagiria. Me lembro de ter pego o manto na mão e olhado pra meu pai do lado e perguntado: "posso pai?", com o coração pulsando muito forte, com os olhos brilhando por aquela camisa, brilhando como os de meu avô em uma das ultimas visitas que lhe fiz no hospital, quando eu usava uma das minhas camisas e ele olhava fixamente pra ela, e encheu a boca pra dizer : "BUNITA, esta camisa!" Assim eu estava, aguardando a resposta do meu pai e ele disse:"pode, quem decide é você!". Eu abracei ele muito feliz por ele ser maravilhoso até naquela hora, por ser compreensivo e não me impor nada.
    Quanto ao meu avô quando eu contei, andávamos pelas ruas da Vila Gomes onde cresci, e lembro que ele não deu a mínima hahaha. Acho que não levou a sério ou que era uma fase.
    E que fase. Que dura vinte anos! Vou escrever mais sobre esse paralelo de minha vida com a do clube. O começo foi assim. Um time que marcou minha infância. Leonardo, Raí, Cafu, Palhinha e Zetti (grande ídolo meu desta época) eram nomes como doces em minha boca nas peladas de rua ou no futebol de botão.
    Há vinte anos fiz uma das escolhas mais felizes de minha vida! 
São Paulo - Bicampeão Mundial 1993
Time da final: Zetti, Cafu, Válber, Ronaldão, André, Dinho, Doriva, Toninho Cerezo, Leonardo, Müller e Palhinha.
Técnico: Telê Santana


Elenco Bi-Mundial. Só faltou o Raí no elenco. Saudades da época!

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