2012 começou com más notícias para o torcedor são-paulino. Rogério Ceni passa por uma cirurgia no ombro direito e fica longe dos gramados durante todo o primeiro semestre. Denis ficou incumbido da missão de assumir seu lugar, e no geral até que se saiu bem.
No paulista fomos eliminados pela terceira vez consecutiva pelo Santos, em casa, com o Morumbi cheio. Mais um sapo que a torcida teve que engolir nesta sequência de anos de insucessos.
Na Copa do Brasil, o clube viveu sem dúvida o pior momento do clube em 2012 eliminados pelo Coritiba após ter vencido o jogo de ida em casa. Leão que já balançava no cargo com sua campanha oscilante, deu adeus ao clube em uma partida cheia de protestos e narizes de palhaço por parte da torcida na derrota por 1 a 0 para a Lusa no Canindé. O time que então já somava três anos e meio de fila, viu a pressão aumentar com os títulos da Libertadores do Corinthians e da Copa do Brasil pelo Palmeiras. Com o Santos Campeão Paulista, o Tricolor era o único clube do estado sem título no ano, o que gerou um grande desconforto sobre a diretoria e os jogadores.
Chega então Ney Franco, técnico vitorioso com a seleção brasileira sub-20 que apesar de uma má sequência inicial, consegue colocar o time nos eixos e o fazendo mostrar um futebol mais convincente e vibrante. Chega então para a zaga Rafael Tolói, contratado junto ao Goiás, que fez uma boa campanha no ano com direito a alguns belos gols com os pés.
No início do segundo semestre, Rogério Ceni retorna com o Morumbi lotado, onde derrotamos o Flamengo por 4 a 1. Seu retorno nitidamente colaborou com uma nova postura da equipe que mostrava evolução sob o novo comando.
O Campeonato Brasileiro de 2012 foi de recuperação para o elenco Tricolor. Aos poucos, Ney Franco foi implementando sua filosofia de jogo e recondicionando os jogadores. O São Paulo teve altos e baixos como as derrotas diante do Vasco (Morumbi) e o lanterna Atlético Goianiense, e vitórias maiúsculas como a goleada em cima do Flamengo (4×1) no Morumbi e a virada a la Usain Bolt Tricolor em cima do Corinthians com casa cheia no Pacaembu. A equipe cresceu de produção mas foi com a volta de Wellington que ela definitivamente mostrou uma postura técnica e tática diferenciada. O Jogador se encaixou perfeitamente no sistema defensivo da equipe, permitindo que Paulo Miranda crescesse como lateral (quem diria) e soltando Lucas para o estrelato. O campeonato nacional terminou com belas apresentações em cima do Palmeiras no Morumbi (ajudando a rebaixar o rival) e a histórica e eterna “Tarde do Olé” dos reservas em cima da equipe titular corinthiana no Pacaembu. A vaga da Libertadores estava sacramentada.
Nunca uma competição foi tão importante para salvar o ano do São Paulo. Anteriormente tratada com desdém, a Sul-Americana nesse ano trazia a inédita vaga para a Libertadores. O São Paulo a tratou com prioridade como nunca tinha feito. A escalada rumo ao título começou na Bahia, com direito a gol de falta do Mito na primera cobrança de falta após mais de um semestre parado, passou pela longíngua Loja (Equador), visitou o Chile por duas vezes e terminou na apoteótica apresentação no Morumbi. O Tricolor precisou apenas de meio tempo para consolidar o resultado. O resto é tango argentino. O campeonato definitivamente consagrou Lucas como ídolo definitivo dos são-paulinos. O Camisa sete, que mesmo vendido ao futebol francês não tirou o pé de nenhuma dividida, teve a honra de levantar a taça. Honra essa dada pelo maior levantador de canecos do futebol brasileiro moderno: Rogério Ceni.
A contratação de PH Ganso, novela que se estendeu durante meses durante o Campeonato Brasileiro, teve final feliz para o jogador, o torcedor e o clube Tricolor. A contratação fez a torcida esquecer um pouco o episódio “Oscar” e coloca uma boa perspectiva para o ano que vem. Ganso teve atuação de gala nos 90 minutos em que atuou ao lado dos reservas na “Tarde do Olé” em cima dos corinthianos.
O ano terminou com uma boa perspectiva para a defesa do Maior do Mundo: O São Paulo contratou Lúcio, zagueiro do penta em 2002. Uma peça que combina perfeitamente com o perfil guerreiro que o torcedor tanto gosta. O São Paulo ainda anunciou contrato com Breno, que está na Alemanha. O clube espera assim dar solidariedade e perspectiva ao jogador, que pode pintar no clube no ano que vêm.
2012 (campeão sul-americana) Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denilson e Jadson; Lucas, Osvaldo e Willian José. Técnico: Ney Franco.
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Ressalto que este não é um blog informativo, atualizado, formal ou preocupado com qualquer coisa. Este blog é na verdade um apanhado de minhas memórias, mesclando jogos do São Paulo Futebol Clube com fatos de meu cotidiano. Sem pretensão alguma de ser nada além de um bloco de notas virtual em três cores, onde exercito o ato de escrever. Seja bem vindo em sua visita, volte sempre que quiser e sinta-se livre para comentar. Mas se por ventura se deparar com nomes de pessoas estranhas em meio aos textos, e situações aparentemente sem importância alguma, lembre-se: eis aqui simplesmente as memórias deste tricolor. Vamos São Paulo!
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