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Ressalto que este não é um blog informativo, atualizado, formal ou preocupado com qualquer coisa. Este blog é na verdade um apanhado de minhas memórias, mesclando jogos do São Paulo Futebol Clube com fatos de meu cotidiano. Sem pretensão alguma de ser nada além de um bloco de notas virtual em três cores, onde exercito o ato de escrever. Seja bem vindo em sua visita, volte sempre que quiser e sinta-se livre para comentar. Mas se por ventura se deparar com nomes de pessoas estranhas em meio aos textos, e situações aparentemente sem importância alguma, lembre-se: eis aqui simplesmente as memórias deste tricolor. Vamos São Paulo!

sábado, 4 de agosto de 2012

Quando só um Mito pode fazer a diferença.


Os são-paulinos o amam. Os torcedores rivais, em sua grande maioria, o odeiam (e o odiado deve amar isso). Goste você, ou não. Ame, ou odeie. Rogério Ceni não está na lista dos comuns. E deve ser (muito) respeitado, sempre.
Aos 39 anos (faz 40, em janeiro), é difícil saber até quando o corpo irá corresponder à exigência do futebol e à cobrança pessoal do próprio goleiro. Por razões óbvias, Ceni não é o mais o mesmo. Mas continua sendo o Mito que os tricolores tanto amam.
É um baita vencedor. Um atleta que não aceita ver o clube que ama passando vergonha, como aconteceu nos primeiros sete meses de 2012 e tem acontecido com frequência nos últimos quase quatro anos. Um atleta que falou com o coração para cobrar uma reação em seu retorno.
Foi de arrepiar as imagens divulgadas pelo São Paulo, no vestiário do Morumbi, antes da goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo. “Precisa de espírito, vontade de ganhar a porra do jogo. Eu com 40 anos quero ganhar, você tem de ganhar também”, bateu no peito o são-paulino, aos jogadores.
Ceni não precisa mais de títulos. Ceni não precisa mais de gols. Mas quem é vencedor não aceita perder. Não aceita, pior do que isso, falta de vontade dentro de campo.
A vulnerável defesa tricolor sabia, nos últimos dois jogos, que estava “supervisionada” por um gigante. O retorno acordou muitos que estavam dormindo no clube.
O São Paulo, com Ceni, será campeão em 2012? Talvez não. Derrotas ainda virão, assim como o capitão, que não é mágico, pode falhar e ver o Tricolor ser batido.
Rogério não é campeão desde 2008. Isso incomoda um vencedor. Sozinho, ele não fará o Tricolor levantar outro troféu. Mas sozinho ele é capaz de devolver o respeito ao clube, fazer jogar quem pouco joga. E dar nova esperança ao torcedor.

*Coluna escrita pelo editor Thiago Salata, na página 3 da edição do LANCE! São Paulo deste sábado (4 de agosto).

PS: Rogério dispensou o dia de folga neste sábado, e treinou sozinho durante toda a manhã.

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